A arte de ir ao cinema sozinha.

A melhor parte foi a de estar sozinha na escuridão, com a platéia quase vazia, em uma espécie de transe, levando pipoca cheia de manteiga a boca como num exercício mecânico e ouvindo e dialogando com o diretor do filme. E ele me disse tantas coisas em menos de 2 horas...

Não tinha ninguém pra ficar me enchendo com comentários durante o filme, nem ninguém pra eu dividir a pipoca, só algumas risadas de outrém e barulhos de beijos ao meu lado, mas nada que minha concentração não tirasse de letra.

Sim, uma compania sempre faz falta, mesmo porque o ar estava realmente gelado e eu por vezes pensei em um abraço quente ou em um cafuné, mas não ia dar certo, tinha uma divisória daquelas enormes de plástico dividindo minha poltrona com a de quem supostamente estaria ao meu lado e isso me provou que hoje era o dia de 'eu comigo mesma', e como se divertiram e se conheceram essas duas!