O carro ia subindo a rua e eu olhava pra trás e via os meus avós acenando com as mãos e as árvores que foram plantadas pareciam acenar com eles. As árvores da minha infância, da rua em que eu cresci, com os amigos que já se foram e com as lembranças que me legitimaram. E eu indo embora pra um mundo que não me possui e que não me recebe bem. Um mundo cheio de luz e carros e com uma vida corrida e superficial que me afasta. E enquanto isso fica o cheiro que as minha memórias exalam colorindo meus dias e fazendo com que minhas noites tenham mais estrelas.
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